terça-feira, 14 de outubro de 2008

digo-te ao ouvido...




Tenho um jardim inteiro, plantado por ti no meu peito.

é segredo.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

terça-feira, 2 de setembro de 2008


"hoje roubei todas as rosas dos jardins

e cheguei ao pé de ti de mãos vazias."


Eugénio de Andrade


domingo, 20 de julho de 2008



Vou refugiar-me nos sons de todo o mundo, em Sines.

Comprar melancias a 50 cêntimos e dormir na sombra de uma rocha com perfume de mar... É agora que o céu toma conta de mim.

segunda-feira, 7 de julho de 2008



Saudade de embriagar-me nas tuas palavras... na linha recta e vibrante da tua voz.

quinta-feira, 26 de junho de 2008






Sinto-te, por isso sonho-te. *


quinta-feira, 19 de junho de 2008

Por mais que eu queira ( não quero) sair daqui.


Esta luz que é sombra, esta sombra que é casa...
Entra e fica comigo, neste instante...
Respira-me e bebe-me a sede que tenho dos teus beijos
Envolve-me na seda do teu casulo e deixa-me adormecer
Entra e fica comigo, neste instante...
Deixo a janela aberta...

segunda-feira, 16 de junho de 2008


Quando me abraças, as palavras flutuam na minha mente como sementes que voam sem destino


à procura de terra que as abrigue, para mais tarde nascerem flor. Não se esgotam...


Faço amor com elas...

Voam borboletas dentro de mim!


NAsce uma frase:


O meu desejo por ti, do tamanho do jardim do Universo!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

dance with me


Come on little stranger

There's only one last dance

Soon the music's over

Let's give it one more chance


Won't you, dance with me?

sexta-feira, 6 de junho de 2008


"...Ao longe a barca louca perde o norte.


No teu olhar,um espelho de água

A vida a navegar

Por entre o sonho e a mágoa

Sem um adeus sequer.

E mansamente,talvez no mar,

Eu feita espuma encontre o sal do teu olhar,

Voga ao de leve, meu amor

Ao longe a barca nua a todo o pano."

quinta-feira, 5 de junho de 2008

desencontros

De repente, após uma curta viagem pelo mundo dos blogues deparo-me com alguns de amigos, que tal como eu se refugiam neste canto solitário, emprestando palavras à sua alma secreta e só.
Espanto-me ao lê-los, consciente de que também eles se espantariam se me encontrassem por aqui resguardada naquilo que escrevo. Fico com a triste sensação de sermos todos feitos de um grande pedaço de tristezas, desilusões, amarguras, angústias, memórias melancólicas consolidadas pelo tempo, esse eterno alibi de todas as más sortes que se cruzam no caminho...
Somos pouco de nós quando estamos juntos no mesmo espaço e tempo. Entre sorrisos, piadas, copos de vinho, cigarros e conversas soltas fica este nosso pedaço "vazio", que ninguém conhece e que se solta como um grito, neste espaço e só neste espaço. É catártico eu sei, mas não deixa de ser estranha a sensação de termos quase sem querer, tornado o blog como um dos nossos melhores amigos, onde podemos descarregar as nossas mágoas mais profundas, os nossos desejos mais ousados e os nossos triviais desabafos.
Enfim... estou indignada! Comigo e com o resto do mundo. Mas isto passa...
O que a todos nos vale é que está a chegar o Verão e com ele chegam os comportamentos maníacos impulsionados não só pelo sol, ( o melhor anti-depressivo) como pelos festivais, praia, namoros, namoricos, bailes, bailaricos... Nesta altura, só há tempo para beber e comer sardinhas.
A solidão, essa guarda-se no bolso.

terça-feira, 3 de junho de 2008

A ti...


Je remercie ton corps
De m'avoir attendue
Il a fallu que je me perde
Pour arriver jusqu'à toi

Je remercie tes bras
D'avoir pu m'atteindre
Il a fallu que je m'éloigne
Pour arriver jusqu'à toi
Je remercie tes mains
D'avoir pu me supporter
Il a fallu que je brûle
Pour arriver jusqu'à toi


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Gracias a tu cuerpo doy
Por haberme esperado
Tuve que perderme
pa'llegar hasta tu lado


Gracias a tus brazos doy
Por haberme alcanzado
Tuve que alejarme
pa'llegar hasta tu lado


Gracias a tus manos doy
Por haberme aguantado
Tuve que quemarme
Pa'llegar hasta tu lado




segunda-feira, 2 de junho de 2008

Fecha os olhos devagar




Hoje somos corpos desabraçados do mundo


baloiçando, suspensos pela corda dos dias, na sombra daquela árvore


que baptizamos como nossa casa.


Corpos em desiquilibrio, pedindo refúgio nas mãos escorregadias de cada um de nós...


Há quanto tempo!?


Há tanto tempo...


Que o tempo foge de nós,


por saber que não há tempo na morada do nosso olhar.




... "Fecha os olhos devagar" ...


Um dia nasceram no meu quarto...
Continuam a perfumar e a colorir as paredes brancas de outrora.
Rego-as às escondidas... as flores.

São secretos, os nossos encontros...

Há sonhos...

terça-feira, 27 de maio de 2008


Posso, provar o teu néctar e embrulhar-me na tua cor?

Intimatios of Immortality


"What though the radiance which was once so bright

Be now for ever taken from my sight,

Though nothing can bring back the hour

Of splendour in the grass, of glory in flower;

We will grieve not, rather find

Strength in what remains behind.“


William Wordsworth

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Interrogação

De onde virá esta ânsia indomável,
Este turpor de gestos,
Este afagar de ideias puras, e mórbidas
Ao mesmo tempo?
Latejam as letras, uma após outra,
Nos dedos, na voz, na boca, como se fossem
Presos riscando na parede da cela;
Mais um dia de pena cumprido.


De onde virão então os silêncios
tristes, de aves já mortas,
De flores já sem raízes...
Este querer, e não querer, viver sem ti,
Esta vontade louca de te possuir,
Este querer morrer sem ter nunca ter sentido
O gosto amargo da vida?...

De onde virá?
A cadência, a música das palavras
Sem terem papel ou gesto,
sem uma voz onde possam nascer,
Que me enreda, afaga-me ao de leve
E abandona-me depois no egoísmo
Latente em mim...

De onde virá por fim,
Este fingir de mim para chorar depois,
Para depois sentir-me só no silêncio
Que invento...
Na procura de resposta que sou eu mesmo?


MAnuel Neto dos Santos





Desde miuda que carrego comigo um livrinho deste querido senhor. Chama-se "O Fogo, a Luz e a Voz" e o facto é que, tem muitas vezes dado voz ao que sinto.
Bem haja pelas suas palavras.
Hoje comi algodão doce...

Sabe a Nuvem!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Porque é que não pára de chover?





Quando a luz irrompe no meu quarto, sei que chegaste mais uma vez… dou-te o meu abraço onde podes repousar o cansaço.

Sabes, também eu me tenho perdido nas memórias deste passado tão presente. Às vezes também eu gosto de repousar no teu quarto, nos teus sonhos… de te acalmar o bater do coração e dizer-te que está tudo bem… Está tudo bem. Insisto.
Parto quando sorris, porque assim me libertas.
Enquanto houver arco-írisAmor.
Por isso não pára de chover!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Voar



" O céu é o lugar onde o ar é gelado e onde respiras e vives, onde desejas poder flutuar, sonhar,

correr, brincar todos os dias da tua vida.

O céu existe para todos,

mas só alguns ousam buscá-lo."

segunda-feira, 19 de maio de 2008


Um dia hei-de encontrar-te aqui, com o olhar perdido na minha silenciosa espera.

Não, não escondo nada dentro de mim... sou transparente como a água que me trouxe até ti.

Prometo-te...


Um dia dançaremos juntos o tango da Primavera.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

quinta-feira, 15 de maio de 2008


És o sonho de todas as noites... distante e inconsistente. Cego, num labirinto de cores claras descansadas nas nuvens do infinito.
Até que se vai o sol e, encontras a saída.
E eu vou atrás...

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Aperta bem a minha mão. Não me deixes fugir porque hoje, perdi a minha casa.

Até quando?

O silêncio dos meus dias é assaltado pela tua voz que me segreda ao ouvido... "pousa em mim"

terça-feira, 13 de maio de 2008

Mergulho profundo

Hoje sinto-me nublada, como o tempo. Hoje já choveu muito dentro de mim e não tenho grandes
esperanças que amanhã o sol brilhe num céu azul. Apeteceu-me desistir de tudo e apagar tudo
da minha memória, o que é grave, uma vez que os pedaços que a compõem foram sempre tão
valiosos para mim...
Como aquelas caixinhas de música que se abrem em bicos de pés de uma bailarina, a rodopiar
muito graciosa e equilibrada. Ela hoje curvou-se perante o abrir brusco da caixinha e acabou por
cair. Pobre dançarina, guardiã das jóias do mar eterno.
Ah o Mar... esse não quero eu esquecer, porque é o único que se lembra de mim. Meu quadro de
aguarela, ondas dos meus dias, espuma dos meus sonhos, mergulho do meu abandono...
Por favor salga-me as lágrimas com a tua água, porque de tanto chorar perderam o sabor.
Devolve-me o reflexo da tua forma que eu estou a perder o sentido do meu lugar uma vez mais.
Por favor, por favor, por favor meu amor
!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

vem... uma vez mais

"Põe a mão na minha mão

Só nos resta uma canção

Vamos, volta, o mais é dor

Ouve só uma vez mais

A última vez, a última voz

A voz de um trovador

Fecha os olhos devagar

Vem e chora comigo

O tempo que o amor não nos deu

Toda a infinita espera

O que não foi só teu e meu

Nessa derradeira primavera"

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Hoje

Acordo com vontade de perpetuar o meu sono por mais uns dias.
Sonhei novamente contigo e a angústia tomou conta de mim...
Eu sei que és verbo do passado, mas no meu peito o teu ritmo bate nos segundos do presente...
Eu quero... libertar-me de ti.
Amanhã... quando no meu corpo nascer uma asa.

terça-feira, 6 de maio de 2008

...caminhos...

Sem querer andei hoje por caminhos que já não percorria há dez anos... jardins de flores que já não via há tanto tempo... Algumas permanecem com as mesmas formas nos mesmos canteiros, fruto de gerações de sementes antigas que outrora coloriram as minhas paixões. Sentei-me no banco onde se fizeram promessas de amor eterno à luz do pôr-do-sol, enquanto os sonhos iam descendo levemente pelas escadinhas gastas agora pelo tempo.
Sorrio... lembro-me de despedidas seladas com beijos mornos, cheios de esperança...
Arrebatadoras imagens, residentes na memória do sempre e consolidadas pelos caminhos de todos os dias.
Não há quadro mais perfeito, do que aquele que o meu olhar vislumbra sempre que me deixo levar pelas cores dos sentidos. A vida pincela-nos o coração quando deixamos as suas portas abertas ao mundo.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

breve história de amor eterno

Ele olhou para ela e em segundos uma pequena e doce luz acendeu-se silenciosamente. Ela sentiu, e esse foi o segredo que nunca revelou.
Os dois eram perfeitos, harmoniosos no sorriso e no palpitar dos corações, como o cintilar das estrelas reflectidas nos sonhos das crianças.
O pote dourado havia-se mostrado numa noite de lua cheia... muito cheia e amarela! Aliás, à noite, gostavam de fechar os olhos e viajar até à lua... o seu lugar predilecto!