quinta-feira, 5 de junho de 2008

desencontros

De repente, após uma curta viagem pelo mundo dos blogues deparo-me com alguns de amigos, que tal como eu se refugiam neste canto solitário, emprestando palavras à sua alma secreta e só.
Espanto-me ao lê-los, consciente de que também eles se espantariam se me encontrassem por aqui resguardada naquilo que escrevo. Fico com a triste sensação de sermos todos feitos de um grande pedaço de tristezas, desilusões, amarguras, angústias, memórias melancólicas consolidadas pelo tempo, esse eterno alibi de todas as más sortes que se cruzam no caminho...
Somos pouco de nós quando estamos juntos no mesmo espaço e tempo. Entre sorrisos, piadas, copos de vinho, cigarros e conversas soltas fica este nosso pedaço "vazio", que ninguém conhece e que se solta como um grito, neste espaço e só neste espaço. É catártico eu sei, mas não deixa de ser estranha a sensação de termos quase sem querer, tornado o blog como um dos nossos melhores amigos, onde podemos descarregar as nossas mágoas mais profundas, os nossos desejos mais ousados e os nossos triviais desabafos.
Enfim... estou indignada! Comigo e com o resto do mundo. Mas isto passa...
O que a todos nos vale é que está a chegar o Verão e com ele chegam os comportamentos maníacos impulsionados não só pelo sol, ( o melhor anti-depressivo) como pelos festivais, praia, namoros, namoricos, bailes, bailaricos... Nesta altura, só há tempo para beber e comer sardinhas.
A solidão, essa guarda-se no bolso.

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